Do Relatório ao Sanatório - Grandes Males, Grandes Remédios, e Uma Pequena Homenagem...

O Tribunal Constitucional (TC) detectou "ilegalidades e irregularidades" nas contas anuais (referentes a 2004) dos partidos.~





Parece-me claro que os membros destes partidos políticos e, subsequentemente, os nossos quase-governantes e deputados, são a face quase-visível (ainda que não na generalidade, numa proporção assustadora) da enorme taxa de insucesso escolar no ensino da Matemática. Urge por isso uma reforma substancial do ensino desta disciplina, de modo a que estes diligentes cavalheiros e estas airosas damas dos círculos partidários não mais se vejam a braços com o Papão dos Números e consigam acertar as contas. Conheço uma boa porção de bons professores de matemática que está no desemprego e pode trazer grandes melhorias à apreensão cognitiva dos números e suas peculiares vicissitudes aos nossos confusos co-cidadãos das rodas partidárias, em particular aos tesoureiros e mandões.
É também em consideração a esta conjuntura que anuncio com alegria indisfarçada que uma boa amiga, também ela matemática competente, está prestes a lançar para as poeirentas mas indispensáveis prateleiras do conhecimento humano uma tese de Mestrado cujo objecto de estudo minucioso e iluminado é, precisamente, O RACIOCÍNIO PROPORCIONAL DOS ALUNOS DO 2.º CICLO DO ENSINO BÁSICO - de Matemática, claro está.
E porquê o Ensino Básico? Porque esta minha amiga, com grande perspicácia e sentido de análise crítica (como é de esperar num bom matemático) percebeu (sem grandes dificuldades, confessou-me, aliás, num café que tomámos há uns dias na esplanada da Graça) que este teria de ser forçosamente o limite de dificuldade a considerar, tendo em conta o nível intelectual e a capacidade de compreensão e execução - a chamada relação competência-performance - dos ilustres supra-mencionados.
E, enquanto ansiosamente aguardamos por esta lufada de ar fresco na crise computacional portuguesa (que tanto tem prejudicado a tesouraria particular e geral), deixo, como remédio provisório (ao bom estilo português do desenrasca), esta solução extraordinária inspirada numa seca australiana (as fotos foram-nos gentilmente enviadas pela Reuters e por António, respectivamente à ordem de aparição):


Pode ser provisório; mas este pontapé australiano naquela apatia imberbe, parece-me a mim, é providencial. Abençoado elixir de Sanatório! E esperneia mais povo meu! Ripa na Rapaqueca da placidez geral! Estas contas até eu com a minha barriguinha, não é Perestrelo?

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